No que respeita à preparação em desenho, é esta provávelmente inferior à dos rapazes da mesma classe, de qualquer nacionalidade culta. Nos países adiantados, aproveita-se desde muito cedo a tendência natural da criança para desenhar, de tal modo que em breve se lhe desenvolve, não só a faculdade de desenhar, mas também um conjunto de aptidões preciosas.
«A criança não se limita a copiar um modêlo: observa, compara, raciocina, exercendo, ao mesmo tempo, a vista, a mão, o espírito inventivo e o gosto» (Pestalozzi) 1, e pode adquirir também o sentimento do colorido, pelo êmprego da aguarela 2 ou do lápis de côr.
Procura-se fazer desabrochar nas crianças todas as faculdades latentes, as artísticas como as outras, para cada uma delas ser, quanto possível, uma criatura humana completa 3 .
Tal ensino não tem por fim criar artistas (embora possa acordar vocações onde as houver), mas dotar o aluno com um precioso meio de expressão, de utilidade para todas as profissões e indispensável para muitas, desenvolvendo-lhe ao mesmo tempo, a faculdade de sentir o belo na natureza e na arte, o que só por si, representa um grande elemento de felicidade.