1892
Ainda no Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, Alfredo Bensaude propõe uma reforma curricular identificando o Desenho com a 7ª disciplina.
1911
Despacho n.º121, de 25 de Maio 1911: É criado o Instituto Superior Técnico. O Desenho é a 51ª disciplina teórica do curso geral. Geometria Descritiva é a 3ª e Geometria Descritiva Aplicada a 4ª.
Decreto do Governo Provisório da República de 14 de Julho de 1911: Estabelece as bases regulamentares do Instituto. O Ministro do Fomento, Brito Camacho, convida Alfredo Bensaúde para organizar a escola.
Decreto do Governo Provisório da República de 6 de Outubro de 1911: Estabelece o regulamento do IST. O ensino é estruturado na base de um Curso Geral de dois anos letivos seguido de Cursos superiores especiais de três anos. Destinou-se apenas um ano ao Desenho, a 47ª disciplina.
1912 / 1913
Perante os deficientes resultados obtidos no primeiro ano de existência da escola, logo no segundo ano, Desenho desdobra-se em dois anos.
1914 / 1915
O Desenho (51ª Cadeira) divide-se em Desenho Geral (1ª parte), associado à Oficina de carpintaria geral e de moldes (1ºano, com 3h semanais) e em Desenho Técnico (2ª parte) associado à oficina de serralharia (2ºano, 6h semanais).
1916
Alfredo Bensaude convida o Arqtº Ventura Terra para a conceção do projeto arquitetónico de umas instalações condignas para a Escola mas a falta de verbas impede a sua concretização.
1919 / 1920
O Desenho divide-se em Desenho técnico (47ª cadeira, 1ª parte), Desenho de Máquinas (47ª cadeira, 2ª parte), Desenho Arquitetónico (47ª cadeira, 3ª parte) e Arquitetura (15ª cadeira).
A má preparação secundária dos alunos levou o IST a pedir a criação de exames de admissão. Os exames de admissão consideravam três provas escritas nas disciplinas de matemática, física e química e uma prova de desenho.
1919 / 1920
Álvaro Augusto Machado, arquiteto pela Escola de Belas Artes de Lisboa lecionava Desenho técnico, Desenho arquitectónico e Arquitectura.
Tomás Maria Bordalo Pinheiro, antigo discípulo do antigo Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, professor e diretor da Escola Normal de Desenho lecionava Desenho de máquinas.
1921 / 1922
O Curso Geral é incrementado para três anos lectivos, mantendo-se os Cursos superiores especiais com três anos.
1927
Desenho Técnico – a 47ª cadeira – divide-se em três partes: Desenho de Construção Civil; Desenho de Máquinas e Desenho Arquitetónico. As duas primeiras integravam o Curso Geral associadas, respetivamente, à Oficina de carpintaria (1ºano) e à Oficina de serralharia I (2ºano). Desenho Arquitetónico era lecionada no 3ºano para o curso de Engª Civil. A carga horária era de 6 h semanais para cada parte.
1930
Decreto 19081 Ministério da Instrução Pública de 2 de Dezembro de 1930: Aprova o estatuto da Universidade Técnica de Lisboa.
1936 / 1937
Mudança do IST para as instalações do campus da Alameda. Sob a direção de Duarte Pacheco o Instituto Superior Técnico passa a dispor de novas instalações, projetadas por Porfírio Pardal Monteiro.
1948
Desenho Técnico, a 50ª cadeira, divide-se em parte 1 e parte 2 localizadas, respetivamente, no 1º e 2º anos dos cursos de Civil, Mecânica, Eletrotecnia, Química Industrial, e Minas.
Engª Civil apresentava no 5º ano a cadeira de Arquitetura.
1955
Decreto n.º40378: Vem reformar os planos de estudo das escolas de engenharia do país e declarar a equivalência recíproca entre as disciplinas do Instituto Superior Técnico, dos cursos preparatórios da Faculdade de Ciências e dos cursos de Engenharia da Faculdade do Porto. Deste modo reconhece-se aos alunos a possibilidade de transferência entre escolas.
No IST, leciona-se o curso geral de desenho e o curso complementar de desenho (6h semanais práticas). São lecionadas no 1º e 2ºanos, respetivamente, em Engª Civil, Mecânica e Eletrotecnica. Civil apresenta no 6ºano a cadeira de Arquitetura (2h T e 2h P, 1º semestre). Engª de Minas e Industrial integram apenas o curso geral de desenho.
1955 / 1956
O programa de Desenho considera o desenvolvimento de cerca de 70 desenhos rigorosos evidenciando a preocupação na perfeição de execução dos trabalhos, relegando para plano secundário, o desenvolvimento de capacidades de leitura do desenho e a visualização espacial.
1961 / 1962
Leonardo Leal de Faria assume a regência das cadeiras de Desenho e impõe, uma importante remodelação do conteúdo programático, baseada nos seguintes princípios: O engenheiro deve saber esboçar, “ver no espaço, e “saber” Desenho.
1964
Decreto nº45840: Introduz alterações nos planos de estudo das Faculdades de Letras, de Engenharia, de Farmácia, e de Economia, do Instituto Superior Técnico, das Escolas de Farmácia e das Escolas Superiores de Belas-artes.
Alterações do plano de estudos dos cursos do IST. Entre outras alterações, a cadeira de Geometria Descritiva é substituída por Geometria Descritiva e Elementos de Geometria Projetiva.
1970 / 1971
Decreto nº540/70 10 de Novembro de 1970 correcção de 11 de Janeiro de 1971: Actualiza os planos de estudos dos cursos de Engenharia nas Universidades portuguesas, incluindo no Instituto Superior Técnico.
O plano de estudos dos cursos de Engenharia do IST (exceptuando Química) considerava as cadeiras de Desenho e Métodos Gráficos I (1ºsemestre) e Desenho e Métodos Gráficos II (2ºsemestre), ambas com 2h T + 4h P semanais. Mecânica apresentava (2ºano) Desenho de Construção Mecânica I (1º semestre) com 2h+4h semanais e Desenho de Construção Mecânica II (2º semestre) com 0h+4h semanais. Destaca-se ainda, no caso de Química, a cadeira de Desenho Industrial (3ºano, 2ºsemestre) com 0h+6h semanais.
1974
Deixa de haver exames de admissão à Universidade.
1974 / 1975
De forma a abranger a temática relacionada com a representação gráfica de equações através de ábacos, a disciplina de Desenho é renomeada de Desenho e Métodos Gráficos e oferecida aos alunos do 1ºano.
No IST, é criada a Secção Autónoma de Representação Gráfica (SARG).
1977
As disciplinas de Desenho e Métodos Gráficos I, II e Desenho de Construção Mecânica I, II não têm aulas teóricas (6h semanais).